Fado\José Malhoa |
Sentia-se estranho.
Parecia que algo lhe fugia da mente. Um vazio por preencher, uma qualquer
interrupção como ponte destruída entre margens. Mas não. Simples impressão sua,
certamente, naquele novo arribar ao desconhecido.
Não conseguira ainda
definir que sentimento atribuía à urgência de identificar os locais e as épocas
a que aportava. Angústia? Expectativa? Ou somente o prazer quase infantil de
participar num jogo que aceitara jogar?
Por razões tão
estranhas que, provavelmente, nem a máquina do tempo conseguiria esclarecer, ancorara
sempre o seu corpo no cais dos instantes decisivos da nossa História. Confirmara
assim que a memória de um povo se compõe de datas marcadas nas páginas dos
livros que as guardam. E no entanto, pensava agora, quantas vezes essa memória
não se alimenta de pequenos capítulos, aparentemente insignificantes, que,
contudo, formam a cultura, o modo de ser, desse mesmo povo?
Ali estava ele, de novo
algures perdido no Tempo. Que relevância teria tido na História aquela rua
recentemente calcetada, juntas ainda frescas entre as pedras de granito onde se
reflectiam mortiças luzes de candeeiros a gás? Aquele cheiro fétido, quase
pestilento, de pouca higiene adivinhada? Odores remexidos de sexo e de sal, das
fezes arremessadas para a rua, de cantos como lamentos, de calos no suor que só
o espírito exala na desgraça. Nas ruas, ninguém. Se de ninguém forem feitas as
sombras que espreitam, se escondem em convites sem voz, em cedências de corpo
que já corpo não é. Subitamente, o brilho de uma ponta de cigarro, uma janela
que se abre em sinal combinado e um vulto que, beata pisada à pressa, atravessa
a rua num desejo por saciar. Fraqueza esporádica dos homens que, porém, noutras
janelas, guardadas por cortinas que outras mãos femininas bordaram, se fazem
ecos de macho pelas vielas, num tempo em que as mulheres pareciam nascer com o estigma
de somente ouvir e respeitar. Servir.
Lentamente, Júlio
começa a reconhecer a época. Que não terá sido a sua, mas que se manteve
assimilada a partir dos muitos volumes da sua biblioteca. Falta-lhe apenas
reconhecer aquelas ruas estreitas, as travessas que as cortam e as esquinas que
dobra numa ânsia incontida de se situar, rezando a um São GPS que não lhe falhe
no regresso. E, de súbito, é precisamente numa das esquinas que uma placa
toponímica o sossega: Rua do Capelão. Sorri. Está na Mouraria. O bairro que
Afonso Henriques destinou aos muçulmanos após a conquista de Lisboa e onde
nasceria a Severa, a voz talhada de um povo dado à fatalidade, à tristeza, ao
embrulhar em xaile negro de amarguras a sorte que só nos outros se encontra, a
inveja, o agradecer a Deus o pousar de olhos em todos, ainda que nunca em nós.
Se Portugal, enquanto país, nasceu em Guimarães, o seu povo, porém, terá
nascido no Fado.
De repente, uma parte
do seu corpo, o estômago, como que se revolve num choro muito seu. Aos cheiros
podres do bairro juntam-se os odores enjoativos de fritos, de queijo cujo leite
azedou, de vinho parido fora do fruto. Há quanto tempo não come? Não sabe.
Tanto mais porque perdera a capacidade de o medir em épocas que tão depressa
avançam como recuam. Mas tem fome. E numa porta há instantes anunciada pelos
cheiros, lê o serviço de almoços e jantares, vinhos, licores, cognac, xaropes e
o nome da casa de pasto. Nada é convidativo. Mas há a fome. Tem no bolso alguns
euros e sorri pelo absurdo. Não tem reais que apazigúem um estômago que para
nada quer saber de dinheiros, mas da fome que tem. E, por isso, entra.
Senta-se ao fundo, a um
canto, no escuro que o petróleo de alguns candeeiros lhe concede. Numa mesa,
dois homens arrastam pedras de dominó benzidas pelas gotas perdidas que escorrem
das canecas de barro; numa outra, um velho acena afirmativamente ao sono que
lhe vence as pálpebras; a serradura espalhada pelo chão asfixia o vinho que
sobrevive no cheiro mais forte que as beatas amarrotadas em cinzeiros de lata.
Por detrás do balcão, um homem tão gordo como o bigode que lhe sombreia o rosto
carrancudo, avental erguido pela gordura do ventre, abandona as pipas
encardidas que atrás de si protegia, e aproxima-se. Resmunga algo que Júlio não
entende, mas ao qual, pelo óbvio, responde: quer qualquer coisa para comer. E o
sujeito afasta-se e regressa com um prato de carapaus afogados em cebola, um
outro com toucinho e uma cesta de pão. Um jarro e uma caneca. O pão tem um dia,
os carapaus mais de dois. E o toucinho tem o suave sabor do ranço para quem
deixa de ter poder sobre o estômago que o recebe, empurrado pelo vinho que fede
e queima. Júlio tudo devora. Enquanto vagueia os olhos pelo estabelecimento até
se deterem numa mulher sentada num lugar tão discreto como o seu. Tem o cabelo
negro apanhado e uma cicatriz rasga-lhe a face esquerda. O corpo, branco e
anafado, ostensivamente exposto sob uma blusa leve que lhe realça os seios
flácidos, espraia-se lânguido sobre a mesa. A saia vermelha eleva-se um pouco
acima dos tornozelos e treme à brisa vinda da porta quando novo cliente a transpõe.
Suado, coberto de sebentos andrajos, dirige-se ao balcão e pede meio quartilho.
O taberneiro pergunta se tem dinheiro e o homem leva a mão ao bolso e expõe no
balcão as moedas que, explica, lhe rendeu o trabalho de carregar um piano da
Rodrigo da Fonseca para a Barata Salgueiro.
— Está bem. Mas tira isso
daí. Já sabes que não quero dinheiro em cima das mesas. Dá azar – diz o patrão
enquanto lhe serve o vinho.
O homem arrecada as
moedas e, de caneca na mão, aproxima-se da mulher.
— Adelaide, vamos?
Ela nada mais move que
os seus lábios.
— Hoje não.
— Tenho dinheiro – e
leva de novo a mão ao bolso – Ia-me partindo todo, mas tenho dinheiro.
— Já te disse: hoje
não! Lá por seres moço de fretes não quer dizer que faça fretes também. Estás
sujo, cheiras mal e, para além disso, deve estar a chegar o Amâncio.
— O Amâncio? Vi-o há
pouco no Rossio, na Ginjinha, e parecia já ter a sua conta.
— Pior ainda. Já sabes
como ele é quando está atravessado. Mas ele vem, está descansado. Ele e o
“Pintor”.
— O fadista?
— Um bom fadista me saíste
tu. O “Pintor Fino”. Vamos “pousar” para ele.
— Desgraçada – exclamou
o homem com um sorriso desdenhoso – Lá porque andas a “pousar”, já te julgas
alguém. Vê lá se um dia tanto pousas que fazes a esse lado da cara o mesmo que
te fizeram ao outro.
Ela não teve tempo de
responder. Sem o olhar, levantou-se de supetão, dirigiu-se à porta e num gesto
evidente de acanhamento ou vassalagem, cumprimentou com os dedos moles a
vigorosa mão de quem entrava.
Júlio conhecia aquele
homem. De revistas, de jornais antigos onde, quase sem querer, havia acumulado
cultura. E, com enorme alegria interior, deu por si a juntar o puzzle das cenas
que presenciava. Aquela era a Adelaide “da Facada”; o ano seria, com pouca margem
de erro, 1909; o homem ainda em falta, o ciumento Amâncio; e quem agora se
fazia actor à boca de cena, daria pelo nome de José Malhoa, o celebrado pintor
português de “Les Ivrognes” – posteriormente rebaptizado como “Festejando o S.
Martinho” – que dois anos antes alcançara um êxito estrondoso no Salon de
Paris. Recordou-se que, para o destrinçarem de um fadista a quem chamavam
“Pintor”, alcunharam este de “Pintor Fino”, designação evidenciada no trato
delicado e no trajar elegante com que, mesmo ali, naquele lugar nauseabundo, se
apresentou. Júlio sorriu. Tudo lhe corria bem, não fosse o não saber como pagar
a fome saciada. Ainda se ao menos se tivesse sentado junto à porta… Assim, como
atravessar toda a tasca sem saldar a dívida?
Malhoa perguntou por
Amâncio e, perante a resposta de estar a chegar, sentou-se e pediu à mulher que
se sentasse também. Longe dele. O que a ela agradou pelos ciúmes conhecidos do amante
em relação a si e ao pintor, ao qual pediu que, já no esboço, lhe escondesse a
cicatriz. Este olhou-a, sem pudor. A brancura da pele, os seios que adivinhava
rosados mesmo se já descaídos numa velhice precoce, o ventre coberto e quase
inimaginável, e ordenou-lhe, num pragmático interesse de artista, que acendesse
um cigarro, se quedasse com ele entre os dedos e olhasse embevecida para alguém
que amasse e estivesse ao seu lado, mesmo não estando. Ela não conhecia a palavra
“embevecida”, mas, compreendida a mensagem, deu ao pintor a sua face limpa e deixou
que o corpo tombasse numa adoração plena de sensualidade a alguém ausente. E Mestre
Malhoa gatafunhou, riscou, manobrou com vigor o lápis sobre a folha de um
enorme caderno. Depois, quando o lápis se suspendeu entre os dedos e os olhos
se perderam no desenho em busca de alguma imperfeição, ela quis vê-lo. Viu a
sua própria figura e o rosto entristeceu-se por, pela primeira vez, se ver com
os olhos com que os outros a viam. Ergueu então o rosto e fixou o artista.
— Mestre, quando o
quadro for realmente feito, quero que ponha nele, não sei como, o amor que
tenho a Jesus. Quero que Ele saiba, pela sua pintura, que apesar da entrega do
meu corpo a tantos homens, nunca esquecerei o homem que Ele é para mim.
Diga-lhe, nesse quadro que pintará, que eu sou para Ele o mesmo que a hóstia
que tomo e me dizem ser o Seu corpo, quando mais não é que farinha. Quero que
Lhe diga ser também farinha o corpo que vendo, porque, a pele daquilo que
realmente sou, só a Ele pertence.
José Malhoa quedou-se
em silêncio, olhando-a. E Júlio lamentou que nenhuma resposta tivesse sido
dada, para além do compromisso calado que mais tarde se veria no quadro.
Amâncio acabava de chegar. Chapéu espanhol a cobrir-lhe a cabeça, guitarra
agarrada pelo braço, olhos desfocados pelo escuro da casa e do álcool que
consigo trazia.
Os passos
trocavam-se-lhe. Cumprimentou com um aceno de cabeça o pintor e pediu vinho ao
taberneiro. E, depois de saber que haviam começado sem ele, quis ver o esboço.
Fê-lo de semblante carregado, cofiando o frágil bigode, corpo oscilando
levemente como se sob vento agreste. E apontou.
— Porque lhe baixou
vossemecê a alça da blusa? Como sabe vossemecê que é assim o peito dela?
Malhoa olhou o desenho.
Olhou o homem.
— Sou pintor. Tenho o
condão de ver para além do que os outros vêem.
O outro passou a língua
pelos lábios. Com os dedos limpou os cantos à boca. Enfrentou o olhar do
artista. E, voltando a apontar, disse:
— Então, se vê para lá
do que a roupa tapa, não precisa de lhe mostrar a mama. Levante a alça.
— Levanto, podes crer
que sim. Tens a minha promessa. Mas agora peço-te que te sentes na mesa dela.
Sentou-se no banco
corrido onde Adelaide descansava a perna. Tirou o chapéu e alisou o cabelo que
lhe caiu em franja sobre a testa antes de o cobrir de novo. E, desencostado da
mesa provida de translúcida garrafa de vinho – oferta da casa, tinha dito o
patrão – manteve-se hirto no banco como só os bêbedos sabem fazê-lo. Pelos seus
pensamentos algo enevoados, passava a vaidade vinda com o álcool e a
importância que, por uma vez, lhe era dada. As pálpebras pesavam-lhe, mas
esforçava-se por não lhes ceder, tal como fazia com os fotógrafos “à la minuta”
que já lhe haviam tirado o retrato no Rossio.
Malhoa percebeu-lhe a
falsa pose e mentiu dizendo-lhe ter terminado. Continuando, contudo, a manobrar
o lápis sobre o papel. Então o corpo de Amâncio relaxou, bebeu de um gole o
vinho vertido em copo de vidro e deixou que os dedos percorressem a guitarra no
som plangente que só os bons tocadores arrancam. Adelaide sorriu. Um sorriso
triste como tristes eram os sons que agora enchiam a taberna e que ela
acompanhava num canto mudo. E Amâncio gostou de a ver sorrir.
— Adelaide, canta-nos
um fado.
— És doido. Sabes que
não canto – disse ela ainda de lábios moldados no sorriso.
— Não mintas, mulher!
Sabes que já te ouvi cantar. Estavas a fazê-lo agora, só tens de te deixar
ouvir.
— Não! Já te disse! – A
resposta a sair breve, seca, categórica. A ecoar nos ouvidos dos clientes e a
acabrunhá-lo no orgulho de macho.
— Porcaria de feitio tu
tens – sibilou, viperino – Ainda um dia me hás-de dizer quem te fez essa
cicatriz e por quê.
Ela olhou-o. De alto a
baixo, desafiadora.
— Muito se preocupam as
pessoas com a cicatriz que me vêem. Só nunca vi alguém ralar-se com as que
guardo na alma.
Ele faz o esgar de um
sorriso, ergue a voz, entaramelada, despeitada.
— De almas não entendo
patavina, embora saiba que as há de vários tipos. Se quiseres, posso dizer ali
ao “Pintor Fino” para te pedir que cantes. A ele certamente não te recusas.
— Vai à merda, não me
maces. Canto quando me apetece e para quem me apetece. E agora não quero! É
preciso repetir?
As pedras de dominó
suspenderam o ruído de toque em semelhança de pontas e como que um icebergue
caiu sobre a sala. E quando Amâncio, guitarra há muito encostada à parede, puxou
de uma navalha, Júlio, atento, receou. Nas suas memórias ecoou o “Fado Falado”
na voz de Villaret. Os ciúmes e as vielas, o brilho das navalhas na noite
escura, a raiva caída no fio de uma lâmina.
Amâncio debruçava-se
sobre a mesa, os olhos esgazeados, a boca a certamente bafejar de mau hálito, a
mão direita envolvendo o pescoço dela, a esquerda lambendo com a faca os poros
da face ilesa.
— À merda vais tu,
ouviste? Eu não sou fino, eu sei! Mas juro-te que este “pincel” que tenho na
mão também faz coisas bonitas! Ou cantas ou te faço um rasgo nesta face como se
também eu fosse pintor.
E Júlio saltou do seu
canto e ao salto juntou um grito capaz de tombar jogos lúdicos, de acordar
velhos sonolentos, de pasmar patrões, mestres e moços de fretes. Para ele, era
agora ou nunca e, perto da porta de saída, ordenou que parassem, gritou que jamais
à sua frente um homem agrediria uma mulher. Só passando por cima de si. Fez-se
silêncio. Tenebroso, rápido. Até que a surpresa se desvanecesse perante aquele
homem que vestia como um estranho e estranho era. Amâncio, sarcástico, riu e,
de arma apontada, deu um passo para ele. No mesmo instante em que o alvo se
escapulia porta fora.
Na rua, preparado para
exigir às pernas a recompensa de um toucinho, quase se estatelou num cão que
parecia dormitar. Evitou-o e correu, correu, como desde a infância não corria.
O agarrar dos ténis sobre as pedras lisas dava-lhe vantagem sobre as vozes que
ouvia atrás de si, mas começava a temer pelo ladrar do cão que também o
perseguia. E a voz do GPS já lhe ressoava no cérebro. Esquerda aqui, direita
ali, quem o mandara ter andado tanto. E os gritos dos perseguidores, luzes nas
janelas que se acendiam, o apito estridente de algum guarda-nocturno e o ladrar
do cão que já imaginava sobre si, mordendo, retraçando. Não penses, corre!
Esquerda, direita, esquerda, direita e o cão. De repente viu-se no chão, os
lábios lambendo o granito de uma calçada. Estava perdido. Brincara com a
própria vida. A todo o momento esperava o animal que não cessava de ladrar e a
qualquer instante o atacaria. Mas nada o atacou apesar do ininterrupto latir.
Quando se virou para trás, o cão ameaçava os perseguidores como se fosse ele o
seu dono. Pasmou, não quis crer no que via. A não ser que… mas não, não era
possível. Arriscou.
“Whisky!”
E o cão, por breves instantes,
calou a sua voz, olhou-o, abanou o rabo e correu para ele não para o aferrar,
mas para correr a seu lado.
Já na máquina, coração
ainda mal refeito da corrida, Júlio depôs um joelho no chão e afagou o focinho
do animal que insistia em abanar a cauda. Não compreendia.
— Será que – disse ele,
falando para o escanzelado pastor-alemão como se para si mesmo – Será que
transporto comigo o cheiro do meu Tempo que é também o teu? E será que
consegues detectar esse cheiro? Se calhar, fiel Whisky, andamos nós a inventar
máquinas de tempo e de tudo, quando, afinal, vocês, animais, terão respostas
para tanto do que buscamos – sorriu e acariciou-lhe o focinho – Bem-vindo,
companheiro. Agora somos dois.
E o cão, virando-lhe o
rabo, ergueu-se nas patas traseiras e, com a dianteira, carregou no botão.
João
J. A. Madeira
Parabéns João Madeira. Gostei desta ida à Mouraria e do "Fado" das nossas vielas, ele próprio tão referido em vários capítulos da nossa História. Teria algumas sugestões de pontuação, apenas, mas ficará para o final.
ResponderEliminarComeço a sentir-me cada vez mais pequenina, depois de ler estes textos.
Obrigado, Natália. Fico curioso em relação às sugestões. Falaremos no fim :)
EliminarMais um belo capítulo que nos prende e nos proporciona um bom momentos de leitura!!!bj
ResponderEliminarUm obrigado ao "Os Olhares da Gracinha!"
EliminarSeja quem for a escrever (e tenho acompanhado todos) a imaginação é sempre delirante.
ResponderEliminarFantástico!!
Aquele abraço, boa semana
Aquele abraço, Pedro. Grato pela observação e gratos pela presença assídua.
EliminarOi João,
ResponderEliminarAdorei o conto coletivo, ficou de uma beleza,fineza e sombria contestação
do querer e teve seu amigo cão, sóbria amizade que não trai.
Delirei o conto compartilhado, pois adoro escrever pequenos conto, pois um conto grande só o lê quem realmente gosta de uma boa leitura.
Parabéns a todos os participantes.
Obrigada por me contatar
Estou seguindo, fique a vontade...
Obrigada
Lua Singular
Muito obrigado, "Lua Singular". E muito obrigado também por nos seguir.
EliminarMagnífica narrativa! Gostei da descrição do ambiente, dos cheiros, da vida da Mouraria. Gostei imenso da forma como é contada a elaboração do quadro do Malhoa.
ResponderEliminarParabéns!
Uma boa semana.
Beijos.
Muito obrigado, Graça. Boa semana também para si. Beijinho
EliminarUm conto bem elaborado e envolvente, dificilmente gosto de contos extensos, este me segurou até o fim. Gostei da criatividade.A descrição do ambiente lembrou-me o relato do livro À Lestye dos Homens, sobre a revolução de 64 nas ruas de João Pessoa capital paraibana .
ResponderEliminarBoa semana!
Obrigada pela visita ao blog dos contos!
Abraço!
Muito obrigado, "Alegria de Viver". Ainda bem que o capítulo um pouco mais extenso a cativou. Gostaríamos que continuasse connosco, por aqui. Beijinho
EliminarBom dia, João
ResponderEliminargosto muito de contos, por isso, não me cansei de ler o seu.
A sintonia de outros autores a juntar-se nessa difícil tarefa merece nota máxima.
Excelente! Abraços.
Muito obrigado, Marli. Abraço. Gostamos de a ver por aqui :)
EliminarGostei bastante do que li e os meus parabéns está muito bem escrito.
ResponderEliminarUm abraço.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Grande abraço, Francisco. E um "muito obrigado" por me ter lido e nos acompanhar
EliminarMuitas vezes me pergunto como será a elaboração duma pintura.
ResponderEliminarTerá o artista todo o “quadro” na memória socorrendo-se da electromecânica muscular para o derramar na tela ou, como um escritor, vai escrevendo uma linha apagando outra, desenhando um contorno subalternizando o anterior, emendando, emendando, até ao desejado final. Como será? Uma vez que não pode rasurar, amarrotar, e recomeçar continuadamente até ao momento da sua perfeição.
Enfim, não sou artista já se vê.
Mas, talvez possa sugerir que seja a envolvência. E a circunstância.
E que bem descritas que estão, ambas, neste capítulo que me transportou para o “atelier” da vida vulgar feita de pessoas particulares.
Parabéns, João J. A. Madeira
P.S. – Gostei do pormenor da alça, é bem fadista.
Obrigado, José Bessa. Não preciso certamente de dizer que toda a estrutura deste capítulo é imaginação adaptada para o "ensaio" que estamos a fazer sobre viagens no Tempo. No entanto, se todos os diálogos, e o resto, são ficcionados (por ex. Jesus) o da alça só o é na forma. Segundo consta de documentos da época, uma das alças estaria em baixo e foi Amâncio, ou os seus ciúmes, quem exigiu que o Pintor a pusesse no lugar. Abraço
Eliminar