©Cristina Torrão |
Que pensar de tudo isto? Quanto mais leio,
mais inquieta fico. Casa de Repouso? Mas que se passava dentro destas quatro
paredes? Algo me diz que não devo continuar a ler estes cadernos. Cheiram a
tragédia. Mas a curiosidade pelo abismo é forte e escolho outro, determinada a
ler mais uma mulher, na crença de que somos mais sensíveis, entendemos melhor
os outros, o que nos torna menos propensas a atos violentos.
Deparo com uma Amélia… Lembra-me aquela
cantiga: «Amélia, dos olhos doces»… parece-me um bom prenúncio.
Amélia
Ai, Gabriel,
quando vais reparar em mim? Se soubesses o quanto te amo! Se soubesses o quanto
sofro com a tua indiferença! Se soubesses, quanta angústia sinto, ao ver-te a
passar por mim, sem um olhar, nem sequer um «bom-dia» ou «boa tarde», como se
eu fosse apenas um dos vasos espalhados pelos corredores desta casa.
Enfim, eu
sei que sou feia, desajeitada, não me sei vestir, nem arranjar, nem conversar… não
passo de uma sombra. Pior ainda: sou invisível. Não só para ti, para todos os
outros residentes. Até para os meus pais.
O meu pai
nunca me ligou. Aliás, não liga a crianças, não as considera gente. E ainda
hoje passa o dia fora, no trabalho. Chega à noite a casa, janta, enfia-se no
escritório, onde tem também uma televisão, e só sai de lá para ir dormir.
Raramente troca uma palavra comigo, não diz sequer «olá», nunca se interessou
pela minha vida escolar, nada.
A minha mãe
nunca precisou de trabalhar, o que aliás não quer dizer que se ocupe comigo.
Passa a vida a arranjar-se, a perfumar-se, a ir ao cabeleireiro, ao ginásio, a
encontrar-se com amigas. Sempre me deixou ao cuidado de empregadas, nunca se
preocupou com a minha aparência, ao contrário das mães das minhas colegas, que
se esmeram com as filhas.
Compra as
suas roupas nas melhores boutiques,
mas, para mim, trazia qualquer coisa do hipermercado. Não quero dizer que não
haja coisas bonitas nos hipermercados. Para mim, porém, ela escolhia algo sem
graça, do mais barato. «Combina melhor com o teu estilo de moça simples». Nunca
me levou ao cabeleireiro com ela, deixava o meu cabelo crescer e, quando ficava
comprido demais, dizia à empregada que me cortasse as pontas. O único penteado
que aprendi a fazer foi o rabo de cavalo.
A minha mãe
passava a vida a chamar-me «patinho feio», «mosquinha morta», «moçoila
sem-jeito» e outros mimos do género. Queixava-se às amigas (na minha presença),
que não sabia o que fazer comigo, que era calada, introvertida, desajeitada,
trapalhona. Olhavam-me com piedade maldosa e eu baixava os olhos envergonhada,
num grande esforço para evitar as lágrimas que ameaçavam rebentar.
Os seus
ataques verbais cresciam à medida do meu tamanho. Um dia, compreendi tudo.
Tinha dezasseis anos, as minhas formas de mulher completas. Estávamos na
pastelaria de um Centro Comercial. A minha mãe, com trinta e oito anos,
apresentava-se soberba, de longos cabelos loiros, bem maquilhada, silhueta
elegante. De repente, disse-me:
- Já
reparaste, Amélia? Os rapazes novos olham mais para mim do que para ti.
Deu uma
grande gargalhada de satisfação. A minha garganta fechou-se-me, impedindo-me de
engolir o pedaço de bolo que mastigava. Fiquei como parva, o bolo na mão, a
boca cheia. A minha mãe acrescentou:
- Também não
admira, nem sequer sabes comer! Ainda não notaste que estás toda besuntada de
açúcar?
Deu nova
gargalhada.
Passei a
odiá-la. Educara-me de maneira a que eu não chegasse aos calcanhares da sua
beleza. Dava-lhe prazer ser mais atraente do que eu. E humilhar-me por esse
motivo.
A minha vida
passou a ter um único objetivo: vingar-me.
Comecei por
me desleixar nos estudos e reprovei, nesse ano. Fixou-me estupefacta. Eu nunca
tinha sido uma aluna brilhante, mas também nunca havia dado azo a preocupação.
Os seus olhos muito abertos, pousados em mim, revelaram-me toda a sua estupidez,
todo o seu vazio de alma. Apeteceu-me rir na cara dela, mas permaneci
impassível, nem respondi à sua pergunta:
- Que se
passa contigo?
O meu pai
limitou-se a um grunhido incomodado, sem me encarar, como de costume. E o
episódio depressa foi esquecido, desejosos os dois de continuarem a sua
vidinha. Estavam juntos apenas por conveniência. A minha mãe precisava de
dinheiro para roupas, salões de beleza e ginásios; o meu pai colecionava
amantes de ocasião, sem se comprometer, descartando-se com as suas responsabilidades
de chefe de família.
Constatei
ser viciante aquela minha vida sem preocupação de notas, afastando-me das
coleguinhas estúpidas, todas com namorados, ou admiradores, aos quais se davam
o luxo de rejeitar, de nariz empinado. Desleixava-me e isolava-me cada vez
mais, o que aliás dava azo a novas críticas da minha mãe:
- Agora, nem
para os estudos serves, valha-me Deus!
A fim de
lidar com a situação, fui desenvolvendo a capacidade de não permitir emoções,
fechada no meu mundo, como que anestesiada. Comecei por notar que não reagia a
notícias de catástrofes, o que, confesso, me assustou um pouco. Dava comigo
indiferente perante vítimas de cheias ou de incêndios, crianças subnutridas e
animais maltratados. Era como se algo no meu cérebro tivesse sido desligado, a
fim de aguentar os ataques verbais da minha mãe e a indiferença do meu pai,
enquanto criava um ódio infinito por aquela gente que me tinha gerado.
Quando
reprovei pela segunda vez, a minha mãe teve um ataque histérico:
- Não me digas
que vou ter de te sustentar toda a minha vida. Não me digas que nunca me
livrarei de ti!
Enervado com
os guinchos, o meu pai esteve quatro dias sem aparecer em casa. Pela primeira
vez, desejei que algo de mal lhe acontecesse. Ele, porém, regressou e a vida
continuou, como se nada tivesse sucedido.
Comecei a
matutar: se nada lhes acontecesse, talvez tivesse eu de fazer alguma coisa para
me livrar deles. Perdia-me em pensamentos mórbidos. Podia envenená-los, por
exemplo. Ou deitá-los pelas escadas abaixo do prédio. Ou atirar-lhes algo
pesado à cabeça. Ou espetá-los com uma faca da cozinha…
Com o tempo,
os meus delírios tornavam-se cada vez mais sanguinários. Durante a noite, entre
o sono e a vigília, como que tomada por uma febre, via-me a ir buscar uma faca
e a atacá-los na cama, espetando-os várias vezes, numa orgia de sangue que me
provocava orgasmos sem ter de me masturbar.
Estive muito
perto de entrar em vias de facto, não fosse uma resolução do meu pai que acabou
por os salvar. Era domingo, estávamos a almoçar. Completados os vinte anos, eu
não tinha ainda acabado o liceu e a minha mãe começou com mais um ataque:
- Não sei o
que havemos de fazer dela! Sem estudos, nunca será ninguém na vida. Se ainda
tivesse corpinho e carinha para arranjar um marido rico…
O meu pai
mirou-a visivelmente incomodado, mas nada disse, tornando a concentrar-se na
comida.
A minha mãe
não se intimidou (nunca lhe faltou lata, graças a Deus) e acrescentou:
- Bem
podemos esperar sentados! Nem o mono mais ranhoso se interessará por ela.
Deu uma das
suas famosas gargalhadas. Estive quase para lhe quebrar a garrafa do vinho na
cabeça, mas o meu pai, depois de respirar fundo, dignou-se a falar, embora sem
tirar os olhos do bife que cortava:
- Deve
precisar de tratamento psiquiátrico. Hei de falar com um conhecido meu.
Passados
dias, vi-me no consultório de um tal Dr. Ramon Saavedra, um homem com ares de
cangalheiro tirado de um filme de terror. Examinou-me com o seu olhar sinistro,
provocando-me um misto de susto e excitação sexual. Afinal, nunca um homem me
tinha olhado com tanto interesse.
Os meus pais
acertaram com ele o meu internamento na sua «Casa de Repouso». E assim cheguei
a este casarão.
Fui feliz
nos primeiros dois meses. O destino encarregara-se de me livrar dos meus pais,
das aulas e das coleguinhas estúpidas, sem que eu tivesse de tomar uma atitude
drástica. Anda por aqui gente esquisita, mas, como não me ligam nenhuma, não me
apoquentam. Todos parecem incomodar-se muito com o mau génio da Ilda. Eu,
porém, que já sofri ofensas bem piores vindas da minha própria mãe, até fico
com vontade de me rir das suas fúrias. E as consultas com a Dra. Helena, nesses
primeiros tempos, punham-me muito bem-disposta.
Quando a vi
pela primeira vez, não gostei dela, por ser bonita. Apeteceu-me matá-la! Mas,
ao contrário da minha mãe, a Dra. Helena sorria muito, falava num tom calmo e
amistoso e, o que mais me surpreendeu, nunca me criticou, ou acusou de nada.
Nunca me disse que era feia e desajeitada, ou que não tinha maneiras, ou que
não sabia escolher roupas, ou que nunca arranjaria homem. Recebia-me sempre
amável e ouvia-me cheia de paciência.
Perante
tanta recetividade, comecei a abrir-me com ela. Contei-lhe muita coisa da minha
infância, da minha vida de estudante, das minhas dificuldades. Verdade seja
dita: a Dra. Helena nunca propôs solução nenhuma para os meus problemas e há
quem diga que é viciada em drogas. Mas aguentava os meus desabafos sem me
despachar, o que, para mim, já era muito. Além disso, dava-me uns calmantes que
me punham muito relaxada durante dia e a dormir bem de noite, sem tempo nem
disposição para delírios sanguinários.
Tudo parecia
esquecido: os meus pais, a minha vingança, a minha sede de sangue…
Mas eis que
chegaste, Gabriel! Exibindo a pele bronzeada e o corpo de Adónis… Um homem de
sonho! Quando te vi pela primeira vez, soube que nunca mais seria a mesma.
Por uns
dias, vivi embriagada com a descoberta da paixão. Bastava-me ver-te,
deleitar-me na tua figura, ouvir a tua voz. Porém, cedo se manifestaram outro
tipo de desejos, como falar-te, tocar-te e sentir-me tocada por ti.
Acordavas-me as emoções, o que me fazia sofrer perante a tua indiferença. Nem
mesmo os calmantes da Dra. Helena conseguiam apaziguar-me.
Dra. Helena,
essa cabra, essa puta! Tinha uma paixoneta pelo David, o poeta, e eu
divertia-me a observar os olhares que trocavam. Mas soçobrou aos teus encantos,
Gabriel! Bem, eu até poderia aguentar isso. O que eu não aguento é que tu
também encontraste agrado nela, meu amor!
Sinto que me
pertences, mas não sei como te atrair, como te chamar a atenção, dizer-te que
existo. A única solução seria… eu tornar-me na única mulher existente nesta
casa! Aí, sim, sem escolha, acabarias por me aceitar. Só nós os dois, Gabriel,
neste casarão! Tu e eu!
Tornou-se-me
claro que me teria de livrar de todos os outros residentes, incluindo a Ilda e
as papagaias “no podemos hablar”. Regressaram os meus tormentos noturnos, as
minhas fantasias sanguinárias. Ao contrário de em minha casa, porém, eu não
podia ir com uma faca da cozinha atacar todos, um por um, aos seus quartos. Não
chegava a despachar meia dúzia até que alguém desse o alarme. Uma bomba mataria
todos de uma vez, mas onde iria eu desencantar o engenho? E como evitar que tu
e eu fôssemos igualmente pelos ares? E a casa? Não, a casa tem de ficar
intacta! Será o nosso paraíso. Oh, sonho doce!
Lembrei-me da hipótese do veneno, podia
deitá-lo num panelão de feijoada, ou de rancho.
Mas onde
arranjar a peçonha? A solução veio-me na sala de consulta da puta da Helena.
Não faltam ali calmantes e soporíferos de todos os tamanhos e feitios. Claro
que estão guardados em armários, mas madame só os fecha à chave depois das
consultas, encerrando igualmente o consultório.
Há alturas
em que ela me manda entrar e me deixa por momentos sozinha. Diz que vai à casa
de banho, ou que tem de fazer fotocópias, ou dar um recado a alguém. Será que
eu lhe inspiro confiança, por ser calada e sossegada? Ou será que ela, na sua
cabeça enevoada, não se rala e facilita também com todos os outros?
É-me
indiferente. Aproveito essas ocasiões para ir aos armários e subtrair um ou
outro blister de comprimidos. As
caixas lá armazenadas são grandes, têm dez ou mais blisters, quem vai reparar se falta um ou outro? Além disso,
algumas caixas já não estão completas e não me parece que a Dra. Helena seja
pessoa para anotar com precisão matemática quantos blisters estão em cada caixa.
Vai demorar
a arranjar os comprimidos necessários, mas eu tenho tempo. Os meus pais não têm
pressa nenhuma em me ter em casa. Nunca me visitam. A minha mãe telefona-me,
quando lhe dá na mona, por vezes, está mais de um mês sem me ligar. Eu
garanto-lhe que adoro estar aqui e que as consultas com a Dra. Helena me fazem
muito bem.
- Ai que
bom, minha filha! Então vai ficando, que a gente só te quer ver bem. Já sabes
que não olhamos a custos…
Cabra!
- Pois sim,
mãezinha.
Quando tiver
comprimidos suficientes, é só desfazê-los em pó e deitá-los no panelão. Vou
começar a oferecer à Ilda a minha ajuda na cozinha, a fim de ganhar a sua confiança.
Enganar as duas cozinheiras que lá trabalham não será difícil, são burras que
nem portas.
Até acho que
já encontrei solução para o problema que me restava: como evitar que Gabriel
não jante, nesse dia?
Chegou há
pouco tempo uma moça, a Matilde, que me chamou a atenção. Parece reservada,
como eu, e pouco dada a enfeites femininos. Mesmo assim, hesitei em meter
conversa com ela e quase desisti, quando a vi tocar piano. Fiquei com tanta
inveja, que me apeteceu esganá-la.
Por algum
motivo que me escapa, acabei, porém, por abordá-la. Foi hoje à tarde. Uma
excelente ideia! Como eu, e apesar de ser mais nova, a Matilde abomina
adolescentes patetas. Divertimo-nos a recordar cenas de mocinhas histéricas,
mas também trocámos impressões sobre os outros residentes. Quando mencionei o
desaparecimento de Dinis, Matilde acabou por revelar que poderia tentar
descobrir alguma pista no seu quarto, pois possui uma chave-mestra.
A ideia
surgiu-me como um relâmpago: usar essa chave para entrar no quarto de Gabriel e
lhe deitar na água uma dose de soporífero um pouco mais forte do que o normal,
evitando que ele, num certo dia, desça para o jantar.
Fiquei tão
feliz que, apesar de já ter desejado esganar a Matilde, estou agora com pena de
ter de a matar. Mas não há outra hipótese. Não posso arriscar que Gabriel tenha
outra mulher à sua escolha, seja ela qual for.
A noite vai
adiantada e já me dói a mão de escrever. Terá sido boa ideia passar isto tudo
para o papel? Não o consegui evitar. Estes planos provocam-me tanta euforia, que
rebentava, se não desabafasse. É óbvio que não o podia fazer com a vaca da
Helena e estes cadernos estavam por aí, à mão de semear…
Está a ficar excitante! Vamos ver no que vai dar esta descoberta dos planos da Amélia.
ResponderEliminarUma personagem muito interessante, que me divertiu ao mesmo tempo que me deixou presa à leitura e expectante em relação ao que está por vir. Parabéns, Cristina!
ResponderEliminarOla Cristina passei por aqui cheia de curiosidade, e cheia de curiosidade me despeço !!!
ResponderEliminarrealmente um texto bem torneado, que nos deixa confusos e ao mesmo tempo
pensativos, que pode acontecer à alma de uma criança/adolescente/adulta.
sem o amor dos pais ?, será possível haver um seguimento para de amor pelo ódio !?
abraço
Angela
Bela reflexão, Ângela. Li algures: «as pessoas mais cruéis são as pessoas mais tristes». Não é desculpá-las, mas mostrar que sem amor ninguém consegue viver.
EliminarAbraço
GRANDE história! Quantas Amelias de olhos doces e corações consumidos pelo fogo da amargura não andarão por aí, vivendo o desespero da incompreensão e o desamor?!
ResponderEliminarEstas adolescentes estão do piorio eheh :) muito boa!!! Lá se vai a minha Beatriz desta para melhor...ou não ;)
ResponderEliminarGostei de ler mais este capitulo
ResponderEliminarEsta interessante a historia
Bjs
Kique
Hoje em Caminhos Percorridos - Pitas de 12 anos quando querem ser adultas
Gostei bastante do que li neste capitulo e continuo a acompanhar, aproveito para desejar um bom Domingo.
ResponderEliminarAndarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Amélia, dos olhos doces.
ResponderEliminarA minha tia que partiu cedo demais vítima dessa doença horrível que tantas vítimas continua a fazer.
Lembrei-a aqui.
Boa semana
Mais um capítulo muito bem escrito! A narrativa mantém o seu curso com maestria e, não soubesse eu que são diversos os autores, tal ideia nunca me acudiria! Parabéns, bom boa semana.
ResponderEliminarOla,
ResponderEliminarPrimeira vez aqui.
Gostei desse capitulo.
Amelia que era mulher de verdade( musica aqui no Brasil)
Voltarei para acompanhar.
bjs
É lindo este blog! Parabéns à poeta!
ResponderEliminarE putugal que do que? E o mesma merda e pior povo no mundo! E verdade e verdade amigos! Ler meu blog pa mais informaciao, obrigado amigos meus (L)(L)(L)
ResponderEliminarAbaixo o merda do putugal, o PIOR merda no mundo! Até os macacos não respeitam putugal. Putugal o nova provincia Espanhola proximamente :)
Ahhhh putugal, putugal, putugal! Sempre, sempre, sempre chorando e chorando e chorando e chorando por tudo, sempre! Tudo mundo sabe que putugal e o pior merda no mundo, tudos! E mais na palavra "luso' e uma invencao! Tudo nossa historia e fenotipo e Cigano e Arabe. Nao somos lusos. E mais, e melhor que tudo putugal sei uma provincia do Espanha e pronto! E nao trabalhos, sempre ficar nas sopas dos pobres tudos dias. Putugal e em estado do merda e nao fix. E verdade e verdade amigos. Esperamos que um tipo de mudança positiva aconteça em Putugal, pois mais de 50% da população, por necessidade, tem que ir às sopas dos pobres para comer. E também, uma melhora no crescimento dos empregos, já que eles estão no país. Por esta razão, muitas pessoas já vão para suas ex-colônias para buscar uma vida melhor e não retornam. Putugal está realmente atolado na merda e ninguém quer fazer nada sobre o assunto. Eles preferem viver em mentiras, o que é isso?
Que opina amigos?
Bom dia, continua interessante, este capitulo Amélia convida a continuar a ler.
ResponderEliminarAG
A Amélia é uma personagem de mão cheia. Talvez, a mais bem descrita da história.
ResponderEliminarConhecemos alguém assim, não conhecemos? Um amigo, um conhecido, alguém; que se sente revoltado com o passado e tenta a vingança dando acidez ao presente.
Parabéns, Cristina Torrão. Que bela prosa.